24 de dezembro de 2009

Os cães e os fogos-de-artifício.

O barulho estrondoso dos fogos-de-artifício deixa muitos cães nervosos, com medo ou assustados.
Quando se aproxima o natal, ano novo ou alguma festa popular, a preocupação dos donos de cães é quase sempre como fazer com que cão não se descontrole nesses momentos.

Os cães que não estão habituados ao barulho ou sons intensos geralmente reagem mal aos fogos-de-artifício. Alguns cães mostram-se incomodados, mas outros podem mesmo desenvolver fobias e entrar em pânico. Por serem pontuais, geralmente não são causa de grande preocupação para os donos, mas o perigo de o cão fugir ou magoar-se a ele próprio é real. Não são, infelizmente, assim tão raros os relatos de cães que entraram em pânico e se atiraram de janelas, partiram portas de vidros, tiveram ataques cardíacos, etc.


Sinais de medo

Não é difícil reconhecer quando um cão sofre com os sons intensos. Para isso basta observar como o cão muda radicalmente a sua atitude e comportamento.

Alguns sinais de ansiedade causados pelos fogos-de-artifício e outros sons intensos:
Tremores
Hiperatividade
Roer ou atacar objetos
Esconder-se
Arfar
Procurar atenção
(Tentar) Fugir “Chorar” Ladrar


Como agir

O primeiro instinto dos donos é acalmar o cão, fazendo carícias e falando com voz terna. Mas os cães não pensam da mesma maneira que os humanos e ao reagir desta forma, os donos estão a incentivar o medo, como que a dizer: “tens razão em estar agindo desta forma”. Perante isto, os cães vão reforçar o comportamento, ou seja, vão-se mostrar mais medrosos e ansiosos sempre que ouvem barulhos intensos.

Por mais difícil que seja, os donos devem ignorar qualquer sinal de medo e recompensar o cão sempre que este se mostre calmo. Só inspirando confiança no cão, é que ele perde progressivamente o medo. Ou seja, se o cão começar a tremer, o dono não deve afagá-lo, se o cão se esconder, o dono não deve falar de forma terna, use antes o seu tom normal para chamar o cão, cada passo que ele der em frente, recompense-o com elogios. Não deve também castigar o cão por mostrar medo. Leve o cão à cama dele para que aí se sinta em segurança. Se o cão não relaxar, tente brincar com ele.

A boa notícia para os donos é que os foguetes são fáceis de prever. Durante épocas de festa e no ano novo, tente minorar a ação dos fogos-de-artifício no seu cão. Ter um cão implica sacrifício e o mais aconselhável é estar com o cão nesses momentos. Os cães descontrolados e em pânico podem destruir a casa, atacando tapetes, atirando-se contra as portas, derrubar mesas, etc. É da responsabilidade do dono certificar-se que o cão se encontra em segurança. Para além disso, a atitude calma e confiante do dono é vital para o cão nestas alturas.


Algumas medidas:
Fique na mesma divisão que o cão, não o deixe sozinho.
Certifique-se que o cão não tem como fugir do local onde se encontra.
Feche as persianas e as cortinas para isolar o som e a luz.
Ligue a televisão ou o rádio ou ponha um CD/DVD a tocar.
Prepare um abrigo dentro de casa, uma espécie de toca, longe da janela, onde o cão possa “se abrigar”.
Pode ser uma mesa coberta com uma toalha, leve o cão até lá e dê-lhe um dos brinquedos para se distrair.
Se a cama ou local de descanso do cão está junto da janela, coloque-a atrás de um sofá ou numa parte mais isolada da casa.
Se conhecer um cão sociável que não tenha medo de sons intensos, traga-o para junto do seu, para lhe dar confiança.
Compre/Faça um novo brinquedo e dê-lhe pouco antes dos foguetes.
Utilize brinquedos recheados com comida e dê-lhe pouco tempo antes.
Não leve o cão a fazer necessidades enquanto durarem os fogos-de-artifício.
Antecipe o passeio para que o cão não faça necessidades devido ao medo.
Alimente o cão uma hora antes dos fogos-de-artifício começarem, para que esteja com sono na altura de soltar os foguetes.
Nunca leve o cão a um espectáculo de fogos-de-artifício.

Dessensibilização

As fobias dos cães podem ser anuladas se for desenvolvido um trabalho de dessensibilização. Isto é, ir progressivamente expondo o cão a sons, cada mais intensos e associando estes sons a coisas agradáveis, tais como comida. Procure um treinador ou pesquise produtos no mercado, existem CD’s comercializados com esse objetivo.

Em cachorros pequenos, que ainda não adquiriram medos, exponha-os aos barulhos normais do quotidiano.
A cozinha é sempre um bom local para isso, uma vez que os pratos, panelas e talheres geram sempre barulho a serem manuseados. Embora não os dessensibilize em relação aos fogos-de-artifício, pode pelo menos ajudar a habitua-lo a sons mais intensos para que não entre em pânico.

Publicado em 22 12 2009 por Pets Online.

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