Pessoal, recebi esse e-mail e achei muito útil postar aqui no blog pra gente tomar conhecimento e passar pros amigos... já conheci algumas pessoas que tem cachorro com epilepsia e é sempre importante estar informado pra não cometer erros na hora de tratar ou manipular o animal em convulsão.
Leiam a matéria da veterinária da clínica Pet Care, é bem interessante.
bjs
Jana
7 respostas sobre: Convulsões em animais de estimação
Os pets também podem sofrer de epilepsia, uma condição que provoca perdas momentâneas do controle da coordenação e movimentos involuntários. Diretora do Hospital Veterinário Pet Care, a médica veterinária Carla Alice Berl responde as dúvidas mais frequentes a respeito do tema.
1. O que é?
Epilepsia é uma excessiva descarga de energia elétrica nas células do cérebro, pois elas funcionam com impulsos elétricos. A epilepsia manifesta-se quando o animal tem entre seis meses e cinco anos de idade, variando de animal para animal em frequência e intensidade. É relativamente comum nos cães e muito menos frequente nos gatos, aparecendo de forma repentina.
2. Como é uma convulsão?
São contrações musculares bruscas e involuntárias que raramente duram mais que cinco minutos, mas às vezes o proprietário tem a impressão que duram mais.· Antes de ter o episódio convulsivo, durante aproximadamente 1 minuto o animal se mostra ansioso, carente, pode se esconder e suas pupilas ficam dilatadas.· Durante a convulsão ele pode urinar ou defecar, perdendo ou não a consciência, salivar, ter movimentos de pedalar ou estender as patas, rotacionar os olhos.
Após a convulsão pode haver um estado de confusão mental, respiração rápida e às vezes fraqueza.
3. Como agir se o animal está convulsionando?
Remova todos os objetos de perto do animal para que ele não se machuque.
· Tenha cuidado, pois mesmo que seja dócil, o animal pode morder involuntariamente durante as convulsões.
· Na medida do possível mantenha a calma, pois os animais se prejudicam com a agitação no ambiente.
· Depois de finalizada a convulsão propicie um ambiente tranquilo para que ele se recupere.
· Uma vez que a medicação demora de 20 a 30 minutos para começar a agir, não há sucesso em tentar medicar o animal em casa durante a crise
4. Quais os riscos que o animal corre?
Ao contrário da espécie humana, os cães não correm risco de enrolarem a língua e morrerem asfixiados, pois sua anatomia muscular é diferente.
· Existe um estado clínico que se chama “status epilepticus” caracterizado por várias convulsões sucessivas. É uma emergência médica e o animal deve ser levado imediatamente ao médico veterinário, pois isto pode ser fatal.
5. Por que o animal tem convulsão?
A exata causa não se sabe, mas em muitos casos esta condição é hereditária, aparecendo em quase todas as raças de cães. Trabalhos científicos indicam que de 0,5 a 5 % da população canina apresentam sinais de epilepsia durante a vida. Além da epilepsia, outras doenças também podem dar convulsões.
6. Há tratamento?
É importante ficar claro que o tratamento para a epilepsia não cura, mas controla o aparecimento das convulsões em frequência, intensidade e duração.
· O Fenobarbital (Gardenal®) controla convulsões em 80 % dos cães epiléticos.
· São necessários de 8 a 18 dias de tratamento para que esta droga atinja uma concentração ideal no sangue, portanto seja paciente, tendo consciência que no início as convulsões podem não cessar – é uma fase de adaptação.
· Ainda que pouco observados, há alguns efeitos colaterais do uso prolongado do Fenobarbital: principalmente acometimento do fígado e aumento de peso.
· Não deixe de dar o Fenobarbital repentinamente e certifique-se que está fornecendo corretamente, pois o animal pode expelir discretamente o comprimido, pois do contrário podem-se acentuar as convulsões.
· Além de medicação, alguns proprietários optam por tratamento conjunto com vitaminas e acupuntura.
7. Como deve ser o acompanhamento veterinário?
Periodicamente devem ser feitos testes para avaliar como está o fígado e se a quantidade do medicamento no sangue está adequada (dosagem sérica de Fenobarbital).
Com o tempo pode ser necessário aumentar a dose da medicação, pois o organismo pode desenvolver certa tolerância – talvez seja necessário aumentar a dose ou trocar o medicamento, mas só o Médico Veterinário pode fazer isto. Alguns anestésicos como acepromazina e quetamina não podem ser usados em animais predispostos a terem convulsões.
Evite situações de estresse e fique atento se elas forem inevitáveis, como fogos de artifício e visitas em casa.
Serviço: Hospital Veterinário Pet Care - 24h
Avenida Giovanni Gronchi, 3001 – Morumbi – São Paulo/SP
11 3743-2142
www.petcare.com.br
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