24 de novembro de 2009

Uma brasuca defendendo os animais na Austrália.

Gente, verdade seja dita, a internet trouxe muitos benefícios para o mundo... entre todas as coisas que a gente já sabe (tecnologia, praticidade, informação, conhecimento, etc...) trouxe também a oportunidade de fazermos amizades com pessoas que estão há léguas de distância, e uma amizade vai leavando à outra e à outra...

A Carol conheceu o Peludinhos Carentes e divulgou pros amigos... aí a Veridiana apareceu, uma brasileira que mora na Austrália e que também ama os animais... ela é uma pessoa muito querida e numa de nossas conversas surgiu a idéia de contar aqui no blog como é o serviço de proteção animal no país em que ela mora.

Achei bem interessante conhecermos um pouco sobre a situação dos animais que vivem na Austrália através da Veridiana que é uma defensora da causa e tem um trabalho voluntário bem legal numa ong de lá.

Então, pedi pra ela escrever pra gente contando um pouco sobre esse trabalho e também como é o empenho do governo para ajudar os animais carentes..., acredito que além do fator curiosidade, podemos tentar aprender e implantar algumas coisas boas que possam ajudar os animais daqui.

Sempre que tiver alguma coisa bacana acontecendo por lá ela irá nos contar e pra começar leiam o texto que ela escreveu sobre o trabalho da ong Animals Australia.


Espero que gostem da idéia, podem comentar e quem quiser fazer alguma pergunta pra Veri, fique à vontade.

Bjs

Jana

"Uma brasuca voluntária dos animais na Australia."


"A Animals Australia (http://www.animalsaustralia.org/) é uma ONG de atuação nacional na Austrália. Eles possuem três grandes campanhas – Free Betty (para libertar galinhas da exploração), Save Babe (para salvar os porcos da matança diária) e Unleashed (contra a exportação de ovelhas vivas para o Oriente Médio). As duas primeiras campanhas fazem parte de um grupo maior – o Factoring Farming – e a última foi criada para acabar com uma imensa crueldade que acontece todos os dias por aqui.

As galinhas vivem com outras 6 aves em condições tão precárias que – para cada uma delas – é reservado o espaço de uma folha de papel A4. Eles injetam tantos hormônios nelas que o frango que você compra no supermercado é uma ave de algumas semanas de vida – acho que duas.

A mamãe porco é deixada em uma gaiola exatamente do tamanho do corpo dela por 4 meses de gestação. Ela não tem espaço para virar, se mexer ou sentar. Ela vai inchando, gravidinha, ate os porcos nascerem e eles amamentam do outro lado da jaula. Os dentes e os rabos dos porcos bebes são arrancados sem anestesia quando eles tem alguns dias/ horas de vida. Essa prática – chamada sow stall em inglês – já foi banida pela Inglaterra, Suíça e Suécia e a União Européia inteira tem 2 anos para tirar completamente do seu território.

Já as ovelhas são criadas em território australiano e enviadas por navios para o Oriente Médio onde, por razões religiosas, eles cortam os pescoços delas e elas sangram até morrer. Sem mencionar que 1% das ovelhas morrem no caminho ate lá.

Sem acreditar nessa barbárie toda e querendo contribuir para a mudança dessa crueldade sem tamanho, eu participo de um grupo de voluntários para a ONG. O meu mais corriqueiro trabalho é o de digitar arquivos em pdf para o Excel. Pessoas que assinam abaixo-assinados e eu os transcrevo para planilhas para que e-mails sejam enviados a elas. Alem disso, nos últimos dois finais de semana tive a grande alegria de trabalhar em duas feiras, na barraquinha do Animals Australia.



A primeira foi uma feira “Sem Crueldade” (Cruelty Free) e a segunda foi uma feira de bem-estar “Mind, Body, Spirit” onde outras ONGs se juntaram num clima meio Woodstock para passar a mensagem de que há felicidade sem morte.

Recolhemos assinaturas para abaixo-assinados, vendemos camisetas, sacolas, velas e bichinhos de pelúcia para arrecadar fundos. Um bando de gente bacana preocupada com o bem-estar de todo o mundo – inclusive dos bichinhos.

Você sabia que um porco tem a mesma inteligência de uma criança de 3 anos? Que eles são tão sociáveis e carinhosos quanto cachorros?

Que uma galinha consegue reconhecer até 100 indivíduos?

Essas foram perguntas que davam inicio a uma conversa boa, com gente do bem! Vendemos muuuita coisa, arrecadamos dinheiro e – o mais importante talvez – passamos a mensagem.


Às vezes eu tenho a impressão de que as pessoas simplesmente não sabem todos esses detalhes – especialmente aqui. Por ser um pais desenvolvido, com leis rígidas e pessoas engajadas, as pessoas acham que as leis ambientais englobam todo e qualquer ser vivo: “Mas, isso aqui não acontece”. Acontece sim. Tem gente que prefere não pensar nisso – out of sight, out of mind – mas está na hora de abrirmos os olhos para a realidade triste dos nossos amigos animais."

Por Veridiana
venus.gravina@gmail.com

2 comentários:

Veri Gravina disse...

Ai que linda, Jana, me emocionei!
Vou mandar noticias sempre.
Um beijo bem grande,
Veri

Carol De Nardi disse...

Veri, minha amiga do coração - amo muito vc !
AMEI seu trabalho !!!
:-)